quarta-feira, 16 de junho de 2010

Deficiência Visual

“Posso admitir que o deficiente seja vítima do destino!
Porém não posso admitir que seja vítima da indiferença!”
John Kennedy

Deficiência Física Sensorial Visual
São classificados deficientes visuais os cegos e os com baixa visão.

*Cegueira
É uma alteração de perda de visão que afeta uma ou mais funções como a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição. A cegueira pode ocorrer desde o nascimento (cegueira congênita), ou posteriormente (cegueira adquirida) em decorrência de causas orgânicas ou acidentais.
Os sentidos tátil, auditivo e olfativo são mais desenvolvidos pelas pessoas cegas, eles não nascem com “poder” de ouvir melhor, mas desenvolvem uma audição melhor do que uma pessoa que enxerga, pois elas recorrem mais a esses sentidos. A pessoa cega necessita do uso de sistema Braille (citaremos sobre esse sistema a seguir).
A criança cega não dispõe de um resíduo mínimo da visão e necessita de métodos especiais para sua escolarização. È fundamental orientá-la a explorar os outros sentidos, com objetivo de torná-los aliados para o conhecimento de mundo.
O papel do educador na educação de criança cega é auxiliá-la inicialmente nas situações novas, mas incentivá-la a adquirir autonomia suficiente para realizar sozinha as atividades possíveis. Incentive-se a adquirir independência para locomover-se sozinho e para cuidar de si mesmo e de seus pertences. Cultive em sua sala uma relação de cooperatividade.
*Baixa Visão
As pessoas com baixa visão são aquelas que possuem -30% da visão ou superior no melhor olho com correção. A baixa visão causa uma redução de informações do ambiente, restringindo as informações que ele oferece.
É difícil identificar quando uma criança tem baixa visão. Ela enxerga pouco, mesmo com óculos. Porém nunca deve ser desprezado o resíduo que esta tem de visão, por menor que este seja, deve ser incentivada a usá-lo o máximo possível.
Não são cegas e não devem ser tratadas como se fossem. Ao notar que uma criança tem baixa visão é preciso ajudá-la a se familiarizar com o ambiente e com demais colegas. Acomodá-la próxima ao quadro ou mural, evitando muito reflexo de luz, mas observando se há iluminação suficiente para ela realizar seus trabalhos.
Também é importante ver com seus responsáveis, qual é o problema visual da criança, facilita a adaptação de materiais necessários para sua aprendizagem. As dificuldades variam de acordo com o tipo de doença, que estão definidas com imagem, encontrado nos anexos.
É importante que estas pessoas tenham alguns recursos especiais, como os recursos ópticos que são: óculos especiais, lupas de mesa e de apoio, telescópio. Também há os recursos não ópticos que são ampliação de fonte, lápis 4B ou 6B, softwares com magnificadores de tela e programas com síntese de voz.
*Como identificar se a criança tem baixa visão:
Crianças com baixa visão podem ser percebidas por algumas ações que reproduzem, como por objetos muito próximos ao rosto, olhar TV de perto, dor de cabeça constante, hábito de apertar ou esfregar os olhos, evitar tarefas que dependem da visão, etc. O ideal seria levar as crianças desde cedo ao médico especializado para que já possa ser diagnosticada, a criança não vai chegar a nós e dizer que está dificuldade de enxergar, porque para ela, aquela visão é a “normal”, é preciso ter esse diagnostico de um medico mesmo que você não perceba nenhuma dificuldade na criança, é sempre bom estar atento.



A importância da família
É dever da família oferecer condições para o crescimento e desenvolvimento da criança com deficiência visual. A família deve procurar conhecer sobre as limitações, conhecer profissionais que possam dar auxílio à família, para que possa haver uma explicação sobre essa necessidade, claro que dentro da realidade de cada um, mas sabemos que temos muitos direitos, precisa-se também de força de vontade para procurá-los. A criança deve crescer em ambiente que traga felicidade, que a família não faça da deficiência um isolamento dessa criança e sim todos se unirem para que aprendam junto, em uma relação de troca.
Primeira atitude importante é reconhecer e acreditar nas potencialidades desta criança, considerando-a capaz de estudar, de ser independente, de trabalhar, enfim fazer o que “seus amigos” fazem.

Orientação e Mobilidade
A deficiência visual compromete a capacidade de se orientar e se movimentar em um espaço com segurança e independência, por isso o deficiente visual necessita de um apoio desde cedo, iniciando com a família, que deve levar esta criança para reconhecer todo o ambiente familiar, e depois esta capacidade que irá se desenvolver, deve ser estimulado também na escola, com o profissional especializado.
Para que o aprendizado seja significativo é importante possibilitar informações à criança com deficiência visual por meio dos sentidos remanescentes: tato, audição, olfato e paladar. Também é importante que o ambiente de acesso a interação com diversos meios de linguagem. Como vimos, por exemplo, existe o sistema Braille onde a criança poderá desenvolver a leitura e a escrita.



Disciplina: Necessidades Educativas Especiais e Educação e Corporeidade.

Professoras: Rosa e Rossana.

Giana Galimberti e Mônica Araujo

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